quarta-feira, 28 de abril de 2010

Reflexiva


Já andei, 4 km, não são 6, mas são 4, né? É, já é meio caminho andado.
Já posso dizer que segurei a compulsão por hoje, ainda falta um bocado para eu ir dormir, mas acredito que, por hoje, eu me garanto.
Amanhã é o dia da minha nova cardiologista, uma que é especialista em gestação. É, mais um passo em direção ao nosso filhote, meu e de meu amor.

Na verdade queria desopilar um tico. E o espaço que eu tenho é este. Ele é meu, estou e vou continuar utilizando ele para ajustar meus pensamentos, para raciocinar com mais clareza.

Semana passada, o final de semana e esta semana estão sendo atípicos. Muito muito. Por vários motivos que já esclareci pra mim, e se você quiser, para você também.
Agora, neste momento, estou com saudade de encanto.
Não sou egoísta ou maluca, sei reconhecer que o amor da minha vida esteve totalmente do meu lado, em todos os momentos, e em todos esses momentos atípicos.
O que estou querendo dizer (não é uma reclamação) é que estou com saudade de deitar abraçada, sem ter obrigação com mais ninguém, sem ter que resolver nada, sem ter nenhuma novidade ruim para trazer tristeza.
Queria, hoje, algo que está além até do que fazer amor. Queria intimidade, a maior que existe, a da alma.

Eu acredito que estou pronta para subir o poço em que mergulhei. Me lembro da época, quase que ainda agora, quando estava me sentindo bem com o meu corpo. Era tão gostoso isso de me sentir bonita mesmo, de me sentir bem na minha casa. Está na hora de reconquistar o meu espaço.
Da mesma forma, o amor da minha vida está bastante acima do peso. Isso o incomoda. Na verdade, estamos bem parecidos nisso. É estranho ver a pessoa que você ama na mesma situação que você. Só que ele tem um agravante: fuma e detesta fazer o mais simples e menos nocivo dos exercícios, caminhar. Aí, só esperar a vontade de fazer dieta aparecer, é osso. O que ele tem de bom é que é jovem, queria que ele aproveitasse isso e usasse a seu favor, com um pouco menos de esforço ele pode conseguir maiores resultados.
Ô Deus do céu, por favor, não permita que nós dois entremos no automático. Não permita que nosso relacionamento entre no corriqueiro e esperado. Por mim, sei que isso não aconteceu e não acontecerá, mas peço que não aconteça, por ele.
Quando ele está jururu e diz que está com saudade eu dou nó em pingo d'água e tento melhorar essa carência.
Quando acontece de ficarmos uns dois ou três dias sem nos ver e eu digo que estou com saudade, ele as vezes faz questão de vir para junto, noutras vezes, como hoje, me diz que não está diferente, que está apenas vendo um filme, que não há nada de mais etc etc etc, mas não entra em sintonia comigo, na verdade, age feito um gato, que quer simplesmente ficar no lugar que o pertence, sem ser importunado. É, eu já disse isso antes, seria mais fácil se ele dissesse: olha, eu estou a fim de ficar sozinho, ponto. Não me importa se você está carente ou não. Simplemente eu estou a fim do meu espaço.

Tudo bem, na verdade ele já disse, só que de outro modo, então, eu que estive me fazendo de doida em enxergar a minha vontade de estar junto, e não enxergar a dele de estar separado.
Não vou morrer por isso.
Aliás, nem mesmo, a partir deste momento, sentirei qualquer emoção em relação a isso.
Assim como ele o fez, desde momento em diante, por hoje, eu me basto.
E se for necessário, por amanhã também.
Passe bem, eu também.


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