domingo, 22 de agosto de 2010

Um dia melhor

Ontem à noite consegui reagir. Racionalizei.
Consegui me mexer e sair daquele monte de infelicidade.
Fui buscar a minha filha na casa dos amigos e fomos ao shopping. Passeamos, conversamos, compramos o vestido de formatura dela e um dos presentes do aniversário do meu noivo. Foi ótimo, cheguei em casa umas 22 horas e tanto.
Dormi bem, acordei com preguiça e estou lendo um livro interessante, também vou começar agora a fazer uma parte do trabalho da pós.
Meu noivo não deu notícia, liguei para ele e, não sei se ele está dormindo ou não, não me ligou de volta ainda. Paciência.
Mandei um e-mail dizendo o que estou sentindo, posso estar errada ao fazer isso, mas nunca fui do tipo que fico guardando o que preciso dizer, então, escrevi.
Quando ele está se sentindo inseguro por qualquer motivo, eu chego perto, digo palavras carinhosas, abraço, até que este sentimento passe e ele se sinta seguro novamente.
Não foi isso o que ele fez comigo, ou até fez, mas muito pouco. Ele simplesmente se fechou no mundo em que está acostumado: o seu quarto e seus equipamentos eletrônicos, e seus amigos de internet.
Já conversamos sobre isso. O pai dele é um eremita, que se sente sozinho por se isolar do mundo.
Ele muitas vezes está fazendo o mesmo processo. Já conversamos sobre isso, sobre ele estar se emparedando.
Uma saida que parece estar dando alguma luz é a modalidade de exercício em que nos matriculamos. Isso o está animando a sair mais de casa.
Ontem me senti insegura, sei que os motivos foram criados só por mim, mas a verdade é que me senti extremamente insegura e, ao contrário de me abraçar e ficar comigo, ele se isolou em sua casa, no seu quarto, no seu mundo.
Em outros tempos ele teria me abraçado, feito o que faço com ele, mas os tempos agora são outros. Qualquer coisa que o desgoste acaba em um só lugar: no seu quarto, seu refúgio e sua prisão. Tudo deixa ele cansado.
Sei que o nosso amor está aqui. Mas começo a enxergar um inimigo poderoso, o isolamento dele.
Se há alguma coisa boa hoje?
Há.
Mais cedo ou mais tarde eu encontraria força em mim de novo. E ela está aqui comigo.
Espero que as coisas ainda fiquem mais tranquilas.
Assim espero.

Um comentário:

  1. É muito bom ter alguém para chamar de seu.
    Mas, ninguém é de ninguém. Nem a sua filha é sua propriedade. Todos somos do mundo e cada um tem que cuidar da sua vida. Muitas vezes queremos ajudar as pessoas e a ajuda é bem vinda. Outras vezes a "ajuda" é inconveniente. Nunca devemos esperar que as pessoas retornem nosso carinho. Eu sei que colhemos o que plantamos. Mas, a vida é sua mulher e, viva sua vida independentemente da vida dos outros. Cuide-se.

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