sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Desilusões da vida (ai meu ovo, se eu tivesse um ele teria explodido hoje)

Estou triste e sem paciência para precisar de favor de quem quer que seja por hoje.
Uma série de momentos desagradáveis me deixou com uma vontade imensa de ficar quieta num canto, de ficar no meu quarto.
Primeiro: Embora já fosse esperado, pois a nota da redação não foi a que ela esperava, hoje soube que minha filha não passou no vestibular. Sei que ela se esforçou muito, mas não foi o suficiente. Eu já tinha conversado com ela sobre essa possibilidade e eu disse que o ônus financeiro seria meu, e se eu era testemunha de que ela havia se esforçado e não estava reclamando, ela não deveria levar outras cobranças de outras pessoas em consideração. E mais, eu disse a ela que, na verdade, o maior ônus seria dela, que teria que se esforçar mais.
No trabalho faltou internet praticamente o dia todo, e como para muitos procedimentos precisamos dela, trabalhamos um pouco mais que a metade do horário, e passei umas duas horas telefonando do meu celular e resolvendo sobre onde e qual cursinho ela irá fazer. Resolvi, fiquei mais cansada do que se tivesse feito exercício.
Segundo: Pelas minhas contas, 1/3 do meu salário irá para a preparação dela para mais um vestibular. Isso também não é muito animador.
Terceiro: Meus pais viajaram com minha irmã e meu cunhado. Combinei com meu noivo que iríamos para lá amanhã. Meu pai disse que nos esperava no domingo, pois a dormida estava complicada. Minha irmã levou mais cinco pessoas, logo, não nos caberia. Agradeci a painho, mas disse que não iria domingo pois ficaria cansativo ir e vir no mesmo dia. Se sentir excluída (na hipótese mais coitadinha) ou decidir simplesmente não ir (o que eu disse a ele), também não foram momentos agradáveis.
E por fim?
Eu não tenho carro. Aliás, uso um carro super antigo, que é do meu pai, vou com ele para o trabalho, assim não preciso ir de ônibus, só que ele não pode ver chuva e nem poça de água porque enche d'agua, a água entra por baixo e molha meus pés. Mas como aqui em casa tem mais dois carros, quando saio à noite sempre há um disponível, ou quase sempre, o que não aconteceu neste final de semana.
Quarto (o que torceu meu ovo, mesmo sem ter um): Meu noivo tinha um carro, ou ainda deveria ter, nem sei mais. Bom, ele tinha um carro, era ótimo porque não precisávamos do carro de ninguém. Só que também não é mais assim.
A irmã dele vai morar no exterior, o marido já foi, em maio irão ela e a filha. Ela estava sem poder pagar o carro, ia vendê-lo. Então, meu noivo acertou que venderia o carro dele e ficaria com o dela, ele pagando 5/7 e ela 2/7, ele usando da quinta à noite ao domingo e ela da segunda à quinta.
E o que acontece? Ela já conversou que precisaria até a sexta, e acertou de ele pegar o carro na sexta à noite e devolver no domingo à noite. Só que ele se sente culpado em pegar o carro, não quer deixar a sobrinha sem carro, é aí? ... hoje estou em casa por causa desse imbróglio. E olhe que esse acordo começou há um mês e este seria o primeiro final de semana que a irmã dele ficaria sem carro!
Tenho aqui parado um carro que enche de água (e vai chover). Ele tem um carro e não se sente no direito de usá-lo. Chegou a dizer que se a irmã dele ou o pai dele souber que nós não viajaremos ele terá que ouvir que não pensou na sobrinha, e do porquê que ele pegou o carro se não iria viajar!!!
Falei coisas que não devia: a sobrinha dele ainda fará um ano, perguntei se ela ia se chatear em não ir ao shopping no final de semana.
Ouvi coisas que não queria: ele perguntou se eu não tinha carro em casa.
Tenho, tenho sim, mas ele não é seguro para sair à noite e nem chovendo.
Nos pedimos desculpas, mas ficou o fato: eu não tenho carro para ir ficar com ele (e nem estou mais com ânimo) e nem ele tem carro para vir me buscar, e mesmo que tivesse, não preciso e nem quero de favor dele, do carro dele, do carro da mãe dele e seja lá de quem cruzar o meu caminho.
Antes de ficar decidido pelo acaso e pelos aborrecimentos que ele não pegará carro, antes, chegamos a combinar que amanhã de manhã ele viria me deixar para trabalhar, pois se vissem que eu saí no carro poderiam dizer que ele tirou o carro da sobrinha para deixar comigo!
Amanhã espero e pretendo acordar melhor do que a merda que estou hoje. Só de uma coisa tenho certeza absoluta: eu jamais vou digirir ou precisar do carro que ele não tem. Eu jamais vou precisar pedir favor à família dele por ter andado na merda daquele carro. A partir de hoje só conto com o que estiver disponível na minha casa, se estiver disponível.
Por hoje, não quero favor de quem quer que seja. Por hoje, basta.
Puta que não me pariu!!! É muita coisa para minha cabeça.

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