quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CANSADA


Estava conversando com a minha filha, ela acha que saí fortalecida disso tudo que aconteceu. Por um lado eu também acho, também acho que estou enfrentando tudo da melhor forma possível.
Por outro lado eu me sinto mais insegura, tentando controlar ao máximo as variáveis que são possíveis, até de uma forma exagerada.
Com ele, meu noivo, ele está uma gangorra. Ele esteve ao meu lado em todos os momentos, é verdade, mas se me perguntarem se estou feliz, eu, hoje, diria que estou serena mas não estou feliz.
Sei que tudo pode mudar amanhã, mas essa instabilidade emocional dele é foda de suportar.
Ele diz que sou eu que gosto sempre de dar beijinhos, de ficar carinhosa o tempo todo, eu que sou feliz demais, me diz que sou eu que estou mais insegura e preciso de atenção o tempo todo e por aí vai.
Ele não está se suportando, e por tabela sobra munição para atacar a mim, que estou mais perto.
Na verdade, eu sou muito mais estável emocionalmente do que ele. Independentemente de mim ele é com ele mesmo uma gangorra emocional. Isso é cansativo e eu não posso negar que, hoje, estou cansada.
Ele não está conseguindo controlar a compulsão, voltou a ter ansiedade pra lascar, um dia está bem, noutro está muito amoroso, e no outro está calado e taciturno. Seria injusto não dizer que mesmo quando ele é completamente trancado ele tenta se fazer presente, mas é uma presença tão pesada! Mesmo que seja amado, não posso negar que sinto uma energia pesada perto de mim quando ele está trancado.
É como eu disse, não posso negar que ele esteve presente em todo o processo e que nós ajudamos.
Mas que agora eu estou feliz, não estou.
Eu preciso de uma certa estabilidade para funcionar bem, e isso não significa ver o lindo céu azul o tempo todo, apenas eu não costumo viver mal humorada só por viver, sem nenhum motivo para isso.
Eu: se não houver motivo para mau humor, estarei estável, geralmente bem humorada.
Ele? se não houver motivo para bom humor, estará na dele, numa espécie de limbo.

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